“Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo.” – C.S. Lewis

Como afirma o escritor de “As Crônicas de Nárnia”, há um anseio no coração humano que nada nessa imensa Terra é capaz de preencher. Não há trabalho, não há amor, não há prazer; não há reconhecimento, não há prestígio; não há riquezas nem beleza que satisfaçam completamente nossos anseios mais profundos. Mas então, o que ou quem satisfaz?

Há muitos anos atrás, um rei sábio que provou de tudo e teve de tudo escreveu que “[…] Ele colocou um senso de eternidade no coração humano […]” (Ec 3:11) e depois de ter vivido muito e observado várias coisas concluiu que “Nada faz sentido, diz o Mestre. Nada faz o menor sentido” (Ec 12:8) Se nada nesse mundo nos completa, então faz sentido que somos feitos para mais do que esse mundo pode nos dar.

Jesus, Filho de Deus, se coloca como resposta. Ele morre em uma cruz, levando os pecados da humanidade nas costas para que hoje, nós pudéssemos experimentar essa totalidade, essa vida abundante – como Ele mesmo nos prometeu. E o que Ele nos pede, senão que tenhamos fé e creiamos que Ele é quem diz que é?

Não era pra ser difícil. Mas ainda assim, tememos em confiar e entregar nosso coração e nossas preocupações por completo. E aqui, não escrevo para aqueles que não nunca tiveram uma experiência com o Senhor, mas para aqueles que já tiveram e insistem em caminhar sozinhos; para aqueles que insistem em olhar para as coisas desse mundo e achar que tudo termina aqui – quando há toda uma eternidade a ser vivida.

Mateus 6: 34 diz “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia”. Deus nos oferece abrigo em meio a tempestade, paz em meio à guerra, sombra que protege do Sol escaldante. Há motivo para recusar e ser completo de fato?

Mais do que nunca, esse ano tem sido de aprendizados e desafios; 2020 tem nos dado uma ótima oportunidade de confiar no Senhor e entregar nosso coração – e receber da paz que excede todo entendimento. Que o controle é uma ilusão, todos sabemos, mas insistimos em achar que controlamos alguma coisa.

No meio desse mar de incerteza, Jesus continua sendo nossa única certeza. E maravilhoso como Ele é, ainda não desistiu de nós. Ainda há chance de repousar a cabeça em seu peito, como o discípulo amado, e ser cheio de segurança e de amor.

Ainda há tempo para crer e confiar que nada falta aos Seus; que mesmo sem saber como o amanhã será, se permanecermos nEle, o Espírito Santo nos pega pela mão e conduz nossos passos. Por último, esse não é um texto de julgamento – também escrevo para me lembrar dessas verdades. Que sejamos como árvores plantadas às margens do rio de Deus, que em nada se preocupam, apenas permanecem criando raízes na presença dEle.