Acho que não conheço uma pessoa que diga gostar de “orações”, aquelas que aprendemos na disciplina de Português, na escola. Já ouvi pessoas falando que gostam da disciplina, mas não deste tópico. Realmente, a língua é rica, mas a gramática muitas vezes é entediante.

Se você é como a maior parte das pessoas e nem lembra disso, vou tentar refrescar sua memória – porque, acredite ou não, tem algo que pode nos ensinar escondido ali.

Oração pode ser definida como toda composição linguística que se estrutura em torno de um VERBO. Verbos são as palavras que indicam ação, estado ou fenômeno da natureza. As orações podem ser classificadas em subordinadas ou coordenadas – e dentro destas duas tem mais várias ramificações. E como podemos fazer essa classificação? Pelos VERBOS.

A Oração, para que seja categorizada como tal, depende de um verbo. E isso me lembra o que está em João 1:1-5

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

É interessante a tradução usada. No original, Verbo é Logos (grego), expressão que era usada para representar o aspecto invisível e organizador do mundo. Outra tradução de Logos é Palavra, que expressa esse agir poderoso de Deus. Logos também é a palavra usada em Gênesis, quando tudo é criado.

Nesta passagem, João está falando a respeito de Jesus. Jesus é o Verbo, a Palavra. Ele estava com Deus quando todo o Universo foi formado e Ele é Deus. Foi Ele, quem se fez carne e morreu numa cruz por nós, levando sobre si todos os nossos pecados. Ele é a luz que resplandeceu e resplandece nas trevas.

E talvez, o aspecto mais lindo disso tudo, é que sim, Jesus é tudo isso. Mas Ele age com tamanha bondade e nos concede livre acesso ao trono do Pai, bem como quer um relacionamento real e verdadeiro conosco. Não é absurdamente louco?

E, se ainda pudermos usar a gramática para fazer um paralelo com a Bíblia, pensemos em nossa vida como uma construção linguística (oração), que depende única e exclusivamente, do Verbo, que é Jesus. Somos classificados e definidos, a partir de agora, por aquele que É. Declaramos nossa dependência e que tudo o que precisamos encontramos nEle. Jesus é quem nos faz ser “oração”. Ele é quem dá sentido ao que somos.

Assim, não procure no externo a afirmação e a “classificação” que você tanto precisa. Pergunta pra Jesus quem tu é e como Ele te vê. Eu tenho certeza que Ele responderá e satisfará teus desejos mais profundos de sentido e propósito.


Referência: SAYÃO, Luiz Alberto (editor geral); MALKOMES, Robinson (coordenador editorial). Bíblia Brasileira de Estudo. São Paulo: Hagnos, 2016.

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