Você sabia que há uma diferença entre emoção e sentimento? Eles parecem a mesma coisa, mas não são.

O que os torna diferente é basicamente a racionalização. A emoção é o que sentimos independente da nossa vontade. Ela é espontânea. Mas os sentimentos, não. Eles precisam ser racionalizados e são um resultado das nossas crenças, experiências e de nossas emoções. E o amor? Você acha que o amor é um sentimento ou emoção?

Responde pra ti e continua a leitura!

Se tu respondeu sentimento, acertou! É assim considerado pois não vem automaticamente; O amor precisa ser racionalizado e tem mais a ver com compromisso e sacrifício do que o que sentimos – ou não – no momento. Amor é construção; por isso quando conhecemos alguém podemos achar essa pessoa bonita ou interessante, mas declarar o amor no primeiro instante pode ser precipitado.
E Como isso nos ajuda a entender a Palavra?

Em Marcos 12:28-33, vemos a história do mestre lei que questiona a Jesus sobre o mandamento mais importante. E sabemos o que Jesus respondeu – Ame a Deus com toda a alma, mente, coração e força e ao próximo como a ti mesmo. O mestre ainda continua e reitera que Jesus respondeu bem, sendo que amar a Deus era até mesmo mais importante que oferecer sacrifícios e holocaustos.

Cristo “resume” os mandamentos. Concorda que mesmo reduzido ainda temos dificuldade em cumprir? Ainda, Jesus fala de Amar a Deus de 4 formas: Alma, mente, coração e força. Só vemos escrito algo parecido, com 4 “esferas”, em Deuteronômio 6:4-5. Nas outras passagens que falam sobre amor ao Senhor, falam de coração ou de toda alma, mas não dessa maneira. Por último, a última frase do mestre da lei nos remete a Oseias 6:6: “O que eu quero é misericórdia, e não sacrifício. E o conhecimento de Deus mais do que holocaustos”. Em uma época onde acreditava-se que só era aceito por Deus aquele que cumpria os ritos, chegar à conclusão de que o amor era mais importante foi um passo além no que Deus queria.

E o que Ele queria desde o começo?

Relacionamento. Amar ao Senhor com tudo o que somos é mais importante do que qualquer outra coisa. E temos um exemplo prático na Bíblia.

Maria de Betânia. Uma mulher, irmã de Lázaro, que podemos arriscar a dizer que teve sua vida marcada pelo amor. Em Marcos 14:3-9, temos Jesus sentado na casa de Simão, o leproso. Então entra uma mulher e derrama um perfume muito caro em sua cabeça. Automaticamente, aqueles que estavam à mesa começam a julgá-la, pois o perfume poderia ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres. A Bíblia chega a dizer que “a repreenderam severamente”. Mas Jesus a defende. Ele afirma que ela está fazendo algo bom, ungindo seu corpo de antemão para o sepultamento; os pobres sempre estariam em nosso meio, mas Ele, não. Ainda, Cristo fala que onde quer que as Boas Novas fossem contadas, contariam o que essa mulher fez.

Agora eu te pergunto: O que essa mulher fez para que onde fosse anunciado o Evangelho se falasse dela? Ela pregou? Ela curou os enfermos? Ela fundou igrejas?
NÃO!

Ela amou a Jesus com tudo que tinha. Estudiosos afirmam que aquele perfume valia 300 dias de trabalho. Quanto esforço! Maria ainda se colocou em uma posição vulnerável e provavelmente foi criticada por aqueles que conhecia, pois sabemos que eles eram amigos e os discípulos já haviam estado em sua casa (como na ocasião em que ela se sentou aos pés de Jesus, e segundo o próprio, naquele momento, ela “escolheu a boa parte que não lhe será tirada”).

Com sua atitude, Maria declarou que NADA importava tanto quanto estar com Jesus, nem seus bens mais valiosos. Como Paulo escreve posteriormente, acerca de suas realizações pessoais, é tudo esterco perto do conhecimento de quem é Deus. Não há nenhuma realização nossa que se compare ao Senhor. Nosso tesouro precisa estar escondido nEle.

E não houve voz que calasse ou impedisse Maria, nem medo de acusação. Mesmo julgada, escolheu ouvir a voz de Jesus e derramar o que tinha de mais precioso, mostrando seu amor. Ainda na passagem, Jesus afirma que sempre terão aos pobres. Isso de forma alguma é uma desculpa para não ajudá-los. Só que deve ser consequência de uma vida com Deus. Em 1Coríntios 13 há um texto que fala sobre o amor, e no verso 3 diz: “Se desse tudo que tenho aos pobres e até entregasse meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, de nada me adiantaria.” Nossas ações, se não vierem por amar a Deus, são puro ativismo. É o que qualquer pessoa de bom coração faria.

O problema é que estamos acostumados com um amor de troca. Achamos que é necessário trabalhar para o Senhor para ser estimado, querido e amado, quando na verdade, NADA do que fizermos pode pagar o sacrifício de Jesus na Cruz. Amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro. Não há em outro lugar nada que nos satisfaça como Cristo.

Nosso primeiro chamado é para conhecê-lo! Enquanto ainda estávamos em pecado, Ele nos viu e amou. E como aprendemos anteriormente, o amor não vem “naturalmente”. Quando Moisés e Josué estão conduzindo o povo para a Terra Prometida, eles continuamente advertem o povo a se esforçarem para amar ao Senhor. Talvez eles soubessem que seria mais fácil cumprir a Lei se amassem a Deus genuinamente.
Não podemos nos relacionar com o Senhor por medo de ir para o inferno. Isso é viver aquém de tudo o que Ele tem pra nós. Jesus é muito mais do que um passaporte para o céu. Ele é amigo, Salvador e abriu para nós um caminho junto ao Pai que por nossa força não seria possível. Há um caminho muito mais excelente e real, sem troca alguma necessária. Que possamos ser como Maria e nos esforçar para amá-lo, com tudo que somos e temos. Assim, cumprir os mandamentos é mais leve; é consequência de querer agradar Seu coração.
Como você tem nutrido seu amor por Deus?

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